terça-feira, 29 de janeiro de 2013

7 Perguntas para Mário Yamasaki

Presença vip do II Rio Fight Championship realizado em Rio Verde, Mário Yamasaki subiu ao octógono instalado no ginásio Jerônimo Martins fazendo o tradicional coraçãozinho com as mãos. Mas levar um gesto do Restart para o ringue é a menor das polêmicas que envolvem o árbitro. Depois de uma decisão controversa no UFC do Rio de Janeiro, em que desclassificou o brasileiro Erick Silva no primeiro round por ter acertado golpes na nuca do adversário, ele passou a ser alvo de críticas do chefão do UFC, Dana White, do apresentador do Ultimate, Joe Rogan, do seu empresário, Walid Ismail e também do público. Até então considerado o bom moço de um dos esportes que mais crescem no planeta, Mário se tornou o árbitro mais atacado do UFC. Em uma conversa com a King, disse que o esporte precisa de mais profissionalismo para não se tornar um incentivo à violência.

1 - Que história é essa de fazer um coraçãozinho com as mãos antes das lutas?
Cara, isso deu uma polêmica entre os homens, mas posso garantir que as mulheres adoraram. Eu não tinha nenhum sinal. Foi uma ideia da minha tia e acabou virando uma marca minha.

2 - O MMA pode se equiparar ao futebol em público um dia?
Acho que superar o futebol é impossível para qualquer esporte. O MMA está evoluindo muito e acredito que vai continuar brigando com o vôlei e outras modalidades para se tornar o segundo esporte brasileiro.

3 - O crescimento do MMA estimula a violência?
Depende. Luta vem lá da Grécia Antiga. É um entretenimento. Cresci numa família em que meu pai, meu tio e primos eram lutadores e nunca teve violência na minha casa. Agora cabe aos pais encontrar professores de artes marciais para os jovens que querem praticar o esporte. Se você contrata um maloqueiro para ensinar qualquer coisa para o seu filho, é claro que ele também vai ser um maloqueiro. 

4 - A que você atribui o destaque de atletas brasileiros no UFC?
Acho que é uma mistura de dedicação, disposição e técnica que faz com que os lutadores brasileiros estejam sempre um passo à frente dos demais. Nossos atletas não têm medo de partir para cima dos adversários.

5 - Você é a favor do recurso do replay para os árbitros?
Claro, sempre fui. O árbitro não é uma máquina. Ele erra. Muitas vezes ele fica em um ângulo em que simplesmente não dá para ver um lance. A tecnologia está aí para ajudar e não tem porque não utilizar uma coisa que só traz benefícios. Acho esse recurso importantíssimo.

6 - Como recebeu as críticas pesadas que foram feitas contra você por figurões do UFC, como o próprio Dana White? 
Nunca perdi a tranquilidade. Falaram muita coisa na hora e depois viram que eu estava correto. Então não tem mais o que discutir. O Erick Silva e o Valid Ismail abriram um processo que eles mesmos não quiseram levar adiante. 

7 - Acha que Anderson Silva está se tornando um Michael Jordan do MMA?
É uma boa comparação. E é um esporte em que é muito difícil manter essa superioridade por tanto tempo em relação aos outros atletas. Acho que Anderson Silva e Randy Couture são os maiores nomes. Ninguém consegue bater esses caras. 

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