quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Culturama: A última ideologia



Em uma obra aberta, advogado defende valor do princípio da dignidade humana para evolução da sociedade

Apesar da impressão causada pelo título extenso, “Princípio Constitucional da Dignidade da Pessoa Humana – Excelência em Instituição Jurídica” não é uma obra voltada apenas para o universo acadêmico ou compreensível somente ao meio jurídico. Em um trabalho didático e bem organizado, o advogado e professor universitário Alexandre Ernesto de Almeida Pereira mostra que o princípio que dá título ao seu livro é mais do que letra morta na Declaração Universal dos Direitos do Homem. “É a maior excelência que pôde o esforço criativo do homem cristalizar no domínio da ciência jurídica em todos os tempos.” Como aponta um dos autores citados no livro lançado pela Editora Kelps, “o valor do homem como um fim em si mesmo é hoje um axioma da civilização moderna e, talvez, a única ideologia remanescente.”
Desde os primeiros brilhos entre os patrícios no período republicano de Roma e do reconhecimento dos primeiros sentimentos de oposição ao Estado totalitário na Carta Magna inglesa de 1215, o princípio trazido à tona no livro até hoje representa um freio aos abusos cometidos contra as liberdades individuais. “Nesse sentido”, escreve o autor, “a República é uma organização política que serve o homem, não é o homem que serve os aparelhos políticos organizadores.” Ele também defende que o valor jurídico fundamental da dignidade da pessoa humana tem contribuído para a evolução do livre desempenho da personalidade, dos direitos da integridade física e moral, da liberdade de ideias e de crenças, da honra, da intimidade pessoal e familiar e da própria imagem. 


Lançamentos
Brincadeira dos deuses
Desde que lançou o primeiro livro em 2009, Isaac Pires não parou mais de publicar e agora apresenta a sua terceira e mais consistente obra. Se em “Embriões Rebeldes” e “O homem que viu o fim do mundo” a narrativa descrevia um realismo fantástico nos descampados do Cerrado, em “Brincadeira dos deuses” o autor faz uma viagem pelas cidades e povoados citados no Antigo e no Novo Testamento para contar a história de Barrabás. 

Crônicas rio-verdenses
É o 15º livro do escritor Filadelfo Borges de Lima, que passa em revista os principais fatos históricos e políticos da região e de Goiás dos últimos tempos. São 31 textos entre crônicas, contos, artigos e cartas publicados em diversos veículos de comunicação, resgatados graças à memória prodigiosa do autor. 




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